La Flame

am i crazy or am i blind?

someone told me i'm out of my mind Someone told me a girl i liked Fell in love and all i did was cry, oh Someone hold me, i'm done with this game Said i'm sorry, but i'm not to blame What a shame, oh

Even precisava esticar as pernas um pouco, pensar em tudo que havia acontecido nos últimos tempos, como: deixar a academia, viver como uma renegada sob os cuidados e ensinamentos de Darkko e conhecer Thomas. Um passado, um estilo de vida, um sentimento confuso e um estorvo. Sua vida parecia um furacão, estava tudo bagunçado, fora do lugar. Era impossível arrumar aquele desastre. Ela saiu do galpão e caminhou sofregamente pelas ruas, tinha uma carteira de cigarros no bolso de trás da calça, mas não sabia se queria fumar naquele momento. Na verdade, havia muita coisa que ultimamente ela não sabia mais sobre si mesma. Precisava de um lugar silencioso, pacífico e vazio. Precisava do La Flame. Quando estava na academia ela costumava ir lá quando as coisas pareciam meio erradas, como agora. O teatro estava fechado e abandonado desde antes mesmo dela nascer. As portas eram fechas e interditadas por placas grandes de madeira, mas havia meses que ela descobrira que a saída de emergência não estava trancada assim, então depois de sofrer um pouco para quebrar a fechadura, ela conseguiu entrar. Pelos fundos, dava no palco, com cortinas rasgadas e com cheiro de mofo, além de holofotes quebrados e alguns cacos de vidro no chão. Ela nunca soube o que acontecera com o teatro, e também não tinha muita curiosidade para descobrir. Tirou a carteira de cigarro do bolso e um isqueiro, jogou-os no chão, e deitou bem ao lado. Encarando o teto. Podia passar o resto da vida ali, sem sombra de dúvidas.

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A menina levantou o olhar sobressaltada com a voz que surgira, e só depois processou o que ela havia dito. Even fez uma cara enjoada e depois voltou ao normal, sentando direito no palco com as pernas cruzadas. Ela avaliou a garota, do jeito como sentava, até como seus cabelos balançavam devagar mesmo no local fechado. Examinou sua respiração, e tentou desvendar qualquer coisa insignificante e escondida. Só então ela deu uma resposta. - Tá brincando? Eu vinha aqui quase o tempo todo e nunca tive problemas. - Disse ela, falando a verdade. Não gostava de mentir em conversas abertas. Mentia apenas se fosse estrita necessidade. - Você fala como se fosse normal, mas não me parece ser muito diferente de gente como eu. - Comentou, fazendo aspas no ar para as três últimas palavras. Esticou-se e pegou a carteira de cigarros e o isqueiro que havia largado. - Se importa? - Perguntou, mas apenas por educação. Pôs um cigarro nos lábios e o acendeu com o isqueiro, tragando devagar.

La Flame

enjoy your life and do not waste it

O calor hoje era infernal, e o meu casaco de couro não ajudava em nada, eu estava caminhando pela cidade para ver se tinha algo interessante para fazer, ficar no galpão o dia todo era irritante e tedioso. Caminhei com as mãos nos bolsos do casaco e olhei para as várias lojas e prédios, todo mundo andava e conversava com os amigos. Parei para pensar m algumas coisas, até agora eu não tinha conhecimento de ninguém com poderes como eu, os caras devem ser bons em se esconder ou existiam poucos como eu. Eu fui tirado dos meus pensamentos quando vi um prédio que parecia com um teatro ou um museu, ele estava abandonado e parecia estar a beira da auto destruição. Fui até a entrada que estava trancada com placas de madeira podre que poderiam ser arrancadas com apenas a mão. Olhei para os lados para me certificar que não tinha ninguém antes de ir até a porta e quebrar as madeiras para conseguir no mínimo abrir a porta, tentei abrir mas estavam trancadas então a única opção era... Arrombar! Fui uns 5 metros para trás antes de correr e bater com o obro na porta efetivamente arrombando-a.Caminhei pelo corredor mofado e quebrado com um daqueles desses tapetes vermelhos que por acaso estava cheio de pó e rasgado.

COM: Alguém ✖ ONDE: Aqui ✖ VESTINDO: Isso ✖ POST: 000

@Lilah

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Um rapaz entrou no local e Even o reconheceu do galpão. Ou seria da academia de boxe? Não importava, não costumava falar com muita gente, e ele não seria premiado com isso. Ela já se sentia ocupada demais falando com aquela morena. Lançou apenas um olhar sem significado algum para ele, e voltou-se para ouvir o que a menina falava. Ela viu a lágrima brilhando e escorrendo pelo seu rosto, mas não comentou nada sobre isso, apenas terminou o seu cigarro. - Como se chama? - Perguntou, dando um peteleco na piola fazendo ela dar uma volta até algum lugar do palco. Voltou a olhar para o garoto, examinando-o de cima a baixo. Desde quando seu santuário virara ponto de visitação ou residência? Definitivamente aquilo estava perdido.

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Ela deu de ombros pra menina irritadiça. - Tem razão, não faz diferença. - Afirmou a primeira tese da morena, depois torceu o rosto para ela. - Também não precisa ficar irritada. Eu não 'tou chateada. Eu fumo onde quiser, só que aqui eu fumava sem ninguém me olhando e isso era bom, pelo menos. - Contou, como quem não quer nada, e realmente não queria. Observou a garota se movendo pelo local e tomando um comprimido. - Vai dizer que toma remédio controlado? - No momento que abriu a boca, se arrependeu internamente de ter feito isso, mas manteve um sorriso irônico nos lábios. Desde quando se tornara boçal e impulsiva a ponto de falar a primeira merda que lhe viesse a cabeça? O problema talvez fosse sua relação com Thomas. Talvez nada. Com certeza era aquilo. - Não me leve a sério, faça de conta que não perguntei isso. - Disse logo depois, fazendo pouco caso, mas ainda sorrindo.

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Even bufou e puxou o joelhos, abraçando-os. Balançou para frente e para trás, observando a garota longe. O silêncio não incômodo, mas era no mínimo tedioso, chato. - Olha, - rendeu-se ela, abrindo a boca - sei que você provavelmente não está aberta a novas amizades e tudo mais. Acredite em mim: eu também não. - Disse ela, soltando o joelhos e esticando-os sobre o palco. Mexeu os pés um pouco, brincando com eles. - Mas, acho que deveria ao menos te chamar de algum. Um nome qualquer, de um objeto ou sei lá. Se a polícia me pegar fazendo algo errado, posso te citar como mandante do crime. - Contou, casualmente, como se aquilo fosse normal por ali. - Pode me chamar de Icetrepp. Caso veja o prefeito, diga a filha dele passa bem. - Disse ela, com certa dose de amargura no tom de voz. - Mas, como eu posso te chamar?